O Gigantismo é um transtorno que ocorre quando a hipófise, glândula de secreção interna, passa a produzir excessivamente o hormônio do crescimento. O Gigantismo é um quadro de crescimento desordenado, principalmente nos braços e nas pernas, sendo acompanhado de crescimento correspondente na estatura.
Os defeitos hereditários que impedem a ossificação normal durante a puberdade permite o crescimento para continuar, resultando em Gigantismo. Porque a secreção do hormônio de crescimento diminui a capacidade das gônadas, Gigantismo é geralmente acompanhado por enfraquecimento das funções sexuais. No entanto, pode haver Gigantismo sem estes distúrbios sexuais. Pessoas afetadas por qualquer tipo de Gigantismo tem fraqueza muscular e problemas vasculares nas pernas superiores.
Causas do Gigantismo:
O Gigantismo é uma doença causada pelo o excesso de GH (hormônio do crescimento) e de IGF1 (fator de crescimento semelhante a insulina) produzido pela glândula hipófise. Esse excesso é na maioria das vezes por tumores da hipófise que secretam muito GH. Ocorrem em homens e mulheres na mesma proporção.
O GH tem várias funções em nosso organismo sendo a principal a de estimular o IGF-I e este por sua vez provoca o crescimento dos tecidos, aumento da produção de glicose pelo fígado levando a hiperglicemia (daí a predisposição ao diabetes), aumenta a quebra de gordura nos tecidos (lipólise).
Sintomas do Gigantismo:
Os sintomas do Gigantismo podem ocorre na aparência física que podem ser atribuídas ao processo de envelhecimento (crescimento de mãos e pés, alargamento da região frontal e da testa, queixo proeminente, espaçamento entre os dentes e perda dentária, aumento do volume do tórax, nariz e dos lábios);
- Espessamento da pele que se torna oleosa e propensa à acne;
- Sudorese excessiva, especialmente nas mãos;
- Alterações respiratórias, cardiovasculares, gastrintestinais, metabólico-endócrinas, músculo-esqueléticas, neurológicas e oftálmicas.
- Quando esta doença surge na adolescência pode haver o aumento exagerado da altura do paciente levando a quadro de Gigantismo.
Diagnósticos do Gigantismo:
O diagnóstico do Gigantismo é confirmado por exames de sangue, que normalmente revelam níveis elevados do hormônio do crescimento e do fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1). Visto que o hormônio do crescimento é liberado em curtos intervalos e os níveis de hormônio de crescimento frequentemente flutuam drasticamente mesmo em pessoas sem acromegalia, uma única medição do nível elevado de hormônio do crescimento no sangue não é suficiente para realizar o diagnóstico.
O médico deve administrar algo que seja capaz de suprimir, em condições normais, os níveis do hormônio do crescimento, geralmente uma bebida com glicose (exame oral de tolerância à glicose), e comprovar que a supressão normal não ocorre. Este exame não é necessário quando as características clínicas da acromegalia forem evidentes, o nível de IGF-1 estiver elevado ou um tumor for detectado na hipófise por imagem.
Tratamentos do Gigantismo:
Os tratamentos para o Gigantismo visam interromper ou retardar a produção de hormônio do crescimento. Remover o tumor é sempre uma das principais opções, já que é a causa subjacente. Se a cirurgia não for opção, o médico pode recomendar medicação. Na maioria das vezes, esses medicamentos são dados em forma de injeção, uma vez por mês.
Por outro lado, a radio cirurgia é uma opção se o médico acreditar que a cirurgia tradicional é inviável. Esse tratamento consiste em aplicar radiação altamente focada, através de feixes, para atingir o tumor. Ela é realizada em nível ambulatorial, sob anestesia geral.