Dicas de Saúde

Principais sintomas de Câncer de Pele: tipos, tratamentos e como prevenir

Por Alan Costa, em 28/07/2017 (atualizado em 26/10/2021)
Câncer de Pele 2

Para identificar sinais que possam indicar o desenvolvimento de Câncer de Pele existe um exame, chamado de ABCD, que inclui as principais características que, normalmente, aparecem nas manchas, pintas e sinais do Câncer de Pele. Câncer da pele é o crescimento anormal e descontrolado das células da pele.

Qualquer célula que compõe a pele pode originar um câncer, logo existem diversos tipos de câncer de pele. O câncer de pele é o câncer mais comum do ser humano, responsável por 1/3 de todos os casos de câncer do mundo. Entretanto, apesar das altas taxas de incidência, observamos elevados índices de cura, principalmente devido ao diagnóstico precoce. Elas são:

  • Assimetria da lesão: uma metade é muito diferente da outra, pode ser sinal de Câncer de Pele;
  • Borda irregular: quando o contorno do sinal, pinta ou mancha não é liso;
  • Cor: se o sinal, pinta ou mancha tem diferentes cores, como preto, marrom e vermelho;
  • Diâmetro: se o sinal, pinta ou mancha têm um diâmetro maior que 6 mm.

Estas características podem ser observadas em casa, e ajudam a identificar possíveis lesões de Câncer de Pele, mas o diagnóstico deve sempre ser feito por um médico. Assim, quando se tem alguma mancha, pinta ou sinal com estas características é recomendado marcar consulta no dermatologista.

A melhor forma de identificar qualquer alteração na pele é observar todo corpo, incluindo as costas, atrás das orelhas, cabeça e também a planta dos pés, cerca de 1 a 2 vezes por ano, de frente para o espelho. Devem ser procuradas manchas, sinais ou pintas irregulares, que mudam de tamanho, forma ou cor, ou por feridas que não cicatrizam a mais de 1 mês. Uma boa opção, para facilitar o exame, é pedir a alguém para observar toda sua pele, especialmente o couro cabelo, por exemplo, e ir fotografando os sinais maiores para ir observando sua evolução ao longo do tempo.

Tipos de Câncer de Pele: 

Didaticamente é possível dividir o Câncer de Pele em 2 grupos: melanoma e Câncer de Pele não melanoma (CPNM).

Causas do Câncer de Pele:

 Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a doença não está relacionada apenas à radiação solar. Outros fatores, como úlceras, processos inflamatórios crônicos na pele, exposição no trabalho ao arsênico, radioterapia e cicatrizes ou queimaduras na pele também podem contribuir para o desenvolvimento do Câncer de Pele.

Segundo a dermatologista, há ainda fatores genéticos. Ter um histórico familiar de melanoma aumenta o risco de ocorrência do Câncer de Pele. Há também as pintas espalhadas pelo corpo, pois algumas são mais propensas a desenvolver a doença. Pessoas que já tiveram algum melanoma também têm maior risco de ter outro.

Diagnóstico do Câncer de Pele:

 O diagnóstico precoce, ou seja, nas fases iniciais do Câncer de Pele aumenta sua chance de cura. Como o Câncer de Pele é visível a olho nu, o exame diagnóstico inicial é a inspeção visual. O médico observará manchas ou feridas na pele e se elas apresentam sintomas com feridas que não se cicatrizam, manchas de crescimento assimétrico e bordas não delimitadas, etc. Para o melanoma, normalmente os médicos usam os sinais ABCD: assimetria, bordas não delimitadas (irregulares), coloração variável e diâmetro aumentado (diâmetro maior que 6 mm).

Além disso, o médico poderá pedir alguns exames complementares para verificar o estágio do Câncer de Pele, como raio x, biópsia, exames de sangue, etc. Com os resultados da biópsia, os médicos podem verificar a profundidade e tamanho do Câncer de Pele. As classificações de Clark (níveis de invasão da pele pelo tumor) e Breslow (espessura da massa tumoral – valores em parêntesis) são utilizadas para o melanoma e se dividem da seguinte maneira:

No caso do carcinoma basocelular, o médico pode identificar o Câncer de Pele pelo exame físico. Na suspeita de carcinoma epidermóide, o médico deve confirmar a doença através de uma biópsia para não confundi-lo com outras doença. Na suspeita de Câncer de Pele do tipo melanoma, o médico deve realizar uma biópsia.

Um exame recentemente elaborado que auxilia no diagnóstico do Câncer de Pele é a Dermatoscopia, na qual um aparelho, acoplado a uma câmera, “lê” a pele do paciente e aumenta a visualização dos pontos com uma ampliação de até 40 vezes, facilitando a identificação precoce do Câncer de Pele.

Os Principais Sintomas de Câncer de Pele:

O Câncer de Pele pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Assim, conhecer bem a pele e saber em quais regiões existem pintas, faz toda a diferença na hora de detectar qualquer irregularidade. Somente um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem diagnosticar o Câncer de Pele, mas é importante estar sempre atento aos seguintes sintomas:

  • Uma lesão na pele de aparência elevada e brilhante, translúcida, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente;
  • Uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho;

Uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Além de todos esses sinais e sintomas, melanomas metastáticos podem apresentar outros, que variam de acordo com a área para onde o Câncer de Pele avançou. Isso pode incluir nódulos na pele, inchaço nos gânglios linfáticos, falta de ar ou tosse, dores abominais e de cabeça, por exemplo.

A seguir, a metodologia indicada por dermatologistas para reconhecer as manifestações dos três tipos de Câncer de Pele: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma. Para auxiliar na identificação dos sinais perigosos, basta seguir a Regra do ABCDE. Então confira agora Os 13 Principais Sintomas de Câncer de Pele:

  • Regra do ABCDE
  • Assimetria
  • Assimétrico: maligno
  • Simétrico: benigno
  • Borda
  • Borda irregular: maligno
  • Borda regular: benigno
  • Cor
  • Dois tons ou mais: maligno
  • Tom único: benigno
  • Dimensão
  • Superior a 6 mm: provavelmente maligno
  • Inferior a 6 mm: provavelmente benigno

Fatores de risco Para o Câncer de Pele: 

Um fator de risco é algo que aumenta a chance de uma pessoa desenvolver uma doença. No caso de Câncer de Pele, qualquer coisa que faça com que a pele sofra danos irreversíveis a uma célula ou impeça que ela seja reparada, seria um fator de risco. Entre os fatores de risco mais comum, está a exposição à radiação ultravioleta do sol, lâmpadas solares e câmaras de bronzeamento.

Prevenção do Câncer de Pele:

 A melhor maneira de evitar sua manifestação é:

  • Evitar a exposição ao sol no período das 10h às 16h.
  • Mesmo durante o horário adequado é necessário utilizar a proteção adequada (chapéu, guarda-sol, óculos escuros).
  • Filtro solar que proteja contra raio ultravioleta A e B com fator de proteção 15 ou mais.
  • Repassar o filtro solar de acordo com o escrito no produto.
  • Usar manga comprida, calça, viseira e outras roupas que protejam a pele do sol.
  • Não fumar. Fumantes tem duas vezes mais chance de ter Câncer de Pele.
  • Usar sempre camisinha. doença de Bowen, Sarcoma de Kaposi e Carcinoma de Merkel são mais comum em pacientes imunodeprimidos por HIV e contaminados com HPV.

Pessoas que trabalham embaixo de Sol regularmente (como vendedores de rua, pedreiros, marinheiros, agricultores e policiais) devem usar chapéu, guarda-sol, óculos escuros). Empresas que demandam que os funcionários fiquem várias horas ao Sol devem fornecer esse equipamento de proteção aos funcionários.

Janelas normais não protegem contra os efeitos danosos do Sol, então motoristas e passageiros também devem usar filtro solar regularmente. A auto-inspeção da pele por alterações pode ajudar a identificar manchas novas suspeitas. Caso identifique uma mancha que esteja aumentando, mude de cor e/ou maior que 4mm de surgimento rápido, deve-se procurar um dermatologista imediatamente. (Como fazer o auto-exame.

Tratamento Para o Câncer de Pele: 

O tratamento mais indicado para o Câncer de Pele é a cirurgia para retirada do tumor. Entretanto, algumas pessoas podem não ter indicação para cirurgia – no geral idosos com alguma comorbidade ou pessoas acamadas, que tem dificuldade de locomoção. Há outras situações em que a cirurgia somente pode não ser suficiente para a retirada total do tumor, ou que o comportamento deste possa pedir outras medidas. Nesses casos, o médico pode indicar outros tratamentos para erradicação do Câncer de Pele, que variam conforme o tipo.

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