Câncer de Mama: principais causas, sintomas, como prevenir e tratamentos
O Câncer de Mama é o crescimento descontrolado de células da mama que adquiriram características anormais (células dos lobos, células produtoras de leite, ou dos ductos, por onde é drenado o leite), anormalidades estas causadas por uma ou mais mutações no material genético da célula. A doença ocorre quase que exclusivamente em mulheres, mas os homens também podem ter Câncer de Mama.
Embora muitos tipos de Câncer de Mama possam apresentar-se como um nódulo, nem todos o fazem. Existem outros sintomas que quando percebidos a mulher deve comunicar imediatamente ao seu médico. Também é importante entender que a maioria dos nódulos na mama não são Câncer, muitos podem ser benignos.
Os tumores benignos de mama são crescimentos anormais, mas não se disseminam. Mas alguns nódulos benignos podem aumentar o risco da contrair Câncer de Mama. Qualquer alteração na mama deve ser examinada por um médico para determinar se é benigna (ou não) e se isso pode implicar em um risco para o desenvolvimento de um Câncer de Mama no futuro.
As Principais Causas do Câncer de Mama:
O Câncer de Mama é um tipo de tumor maligno que se origina nas células mamárias. Esta doença afeta principalmente as mulheres, mas os homens também podem chegar a desenvolvê-la. Todo ano, milhares de mulheres morrem por causa desta doença, pois infelizmente, na maioria dos casos, ela é detectada quando já é tarde demais. Neste artigo iremos revelar as principais causas do Câncer de Mama que você deveria conhecer.
Com o avanço da medicina e da tecnologia, hoje em dia é possível tratar o Câncer de Mama, e a expectativa de vida aumentou consideravelmente. Entretanto, segue havendo um grande alerta, já que a falta de informação sobre a doença é, em grande parte, uma das razões para que ela não seja detectada a tempo. Como os fatores de risco e as causas do Câncer de Mama são chaves para a prevenção.
- Idade e sexo
- Antecedentes Familiares
- Genética
- Ciclo Menstrual
- Antecedentes da Doença
- Consumo de bebidas alcoólicas
- Não ter Filhos ou ter Depois dos 30
- Terapia com Hormônios
- Obesidade
- Radiação
Sintomas de Câncer de Mama:
Os sintomas do Câncer de Mama variam conforme o tamanho e estágio do tumor. A maioria dos casos de Câncer de Mama, quando iniciais, não apresenta sintomas. Caso o tumor já esteja perceptível ao toque do dedo, é sinal de que ele tem cerca de 1 cm³ – o que já é uma lesão muito grande. Por isso é importante fazer os exames preventivos (como a mamografia) na idade adequada, antes do aparecimento deste e de qualquer outro sintoma do Câncer de Mama. Veja os outros sinais possíveis do Câncer de Mama:
- Vermelhidão na pele, inchaço ou calor
- Alterações no formato dos mamilos e das mamas, principalmente as alterações recentes, é possível até que uma mama fique diferente da outra
- Nódulos na axila
- Secreção escura saindo pelo mamilo
- Pele enrugada, como uma casca de laranja
- Em estágios avançados, a mama pode abrir uma ferida.
Fatores de Risco Para Câncer de Mama:
O Câncer de Mama e o câncer de forma geral não tem uma causa única. Seu desenvolvimento deve ser compreendido em função de uma série de fatores de risco, alguns deles modificáveis, outros não. O histórico familiar é um importante fator de risco não modificável para o Câncer de Mama. Mulheres com parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) que tiveram a doença antes dos 50 anos podem ser mais vulneráveis.
Entre outros fatores de risco não modificáveis estão o aumento da idade, a menarca precoce (primeira menstruação antes dos 11 anos de idade), a menopausa tardia (última menstruação após os 55 anos), nunca ter engravidado ou ter tido o primeiro filho depois dos 30 anos.
Já os fatores de risco modificáveis bem conhecidos até o momento estão relacionados ao estilo de vida, como o excesso de peso e a ingestão regular (mesmo que moderada) de álcool. Alterá-los, portanto, diminui o risco de desenvolver a doença. No entanto, a adoção de um estilo de vida saudável nunca deve excluir as consultas periódicas ao ginecologista, que incluem a mamografia anual a partir dos 40 anos.
Prevenção do Câncer de Mama:
Prevenção de doençaé o diferimento ou eliminação das condições específicas de uma doença através de intervenções de eficácia comprovada. A prevenção do Câncer de Mama é a ação tomada para reduzir a chance de contrair a doença. Portanto, prevenir o Câncer de Mama significa evitar os fatores de risco que aumentam as chances de desenvolver a enfermidade. Parte da carga de prevenção do Câncer de Mama encontra-se com o indivíduo, que deve adotar comportamentos que minimizem o risco e ocorrência da doença, e maximizem os estados de saúde.
Tratamento de Câncer de Mama:
Existem diversos tratamentos para o Câncer de Mama, que podem ser combinados ou não. Todo câncer deverá ser retirado com uma cirurgia, que pode retirar parte da mama ou ela toda – entretanto, em alguns casos pode ser que a cirurgia seja combinada com outros tratamentos. O que vai determinar a escolha do tratamento é a presença ou ausência de receptores hormonais, o estadiamento do tumor, se já apresenta o diagnóstico com metástase ou não.
Outro fator determinante para o tratamento é a paciente e qual o seu estado de saúde e época da vida. Tratar o quadro em uma mulher de 45 anos, saudável, é completamente diferente de fazer o tratamento em uma mulher com 80 anos e doenças relacionadas – ainda que o tipo e extensão do Câncer de Mama sejam exatamente iguais. Nesse caso, deve ser levado em conta o impacto dos tratamentos e se eles irão interferir na qualidade de vida da paciente. Os tratamentos são divididos entre terapia local e terapia sistêmica:
Terapia local de Câncer de Mama: O Câncer de Mama tratado localmente será submetido a uma cirurgia parcial ou total seguida de radioterapia:
Cirurgia: é a modalidade de tratamento mais antiga. Quando o tumor se encontra em estágio inicial, a retirada é mais fácil e com menor comprometimento da mama
Radioterapia: terapia que usa radiação ionizante no local do tumor. É muito utilizada para tumores que ainda não se espalharam e não metástases, para os quais não é necessária a retirada de grande parte da mama. A radioterapia também pode ser usada nos casos em que o Câncer de Mama não pode ser retirado completamente com a cirurgia, ou quando se quer diminuir o risco de o tumor voltar a crescer. Dura aproximadamente um mês.
- Quimioterapia: tratamento que utiliza medicamentos orais ou intravenosos, com o objetivo de destruir, controlar ou inibir o crescimento das células doentes. A quimioterapia pode ser feita antes ou após a cirurgia, e o período de tratamento varia conforme o Câncer de Mama e a paciente
- Hormonioterapia: tem como objetivo impedir a ação dos hormônios que fazem as células cancerígenas crescerem. A hormonoterapia, portanto, só poderá ser utilizada em pacientes que apresentam pelo menos um receptor hormonal em seu tumor. Essa terapia no geral é feita via oral, e as drogas agem bloqueando ou suprimindo os efeitos do hormônio sobre o órgão afetado
- Imunoterapia: também conhecido como terapia anti HER-2, essa modalidade é constituída de drogas que bloqueiam alvos específicos de determinadas proteínas ou mecanismo de divisão celular presente apenas nas células tumorais ou presentes preferencialmente nas células tumorais. São medicamentos ministrados geralmente via oral. Quando o tumor expressa a proteína HER-2 em grande quantidade, por exemplo, são utilizadas drogas que irão destruir essas células especificamente. Existem outras proteínas ou processos celular que podem se acentuar no tumor e intensificar seu crescimento, e as drogas da terapia alvo irão agir nesses pontos específicos.
Caso o tumor tenha grande extensão, pode ser que o médico recomende uma terapia sistêmica inicialmente, para diminuir o tamanho do Câncer de Mama e assim fazer a cirurgia parcial. Se o Câncer de Mama apresentar metástases, a terapia sistêmica também é indicada, já que as drogas agem no corpo inteiro, encontrando focos do tumor e eliminando. A escolha do tratamento tem que levar em conta a curabilidade da doença e a tolerância à toxicidade do tratamento (algumas mulheres não podem se expor a tratamentos muito severos durante um longo período). Pacientes que sofreram metástases deverão se submeter ao algum tratamento sistêmico para o resto da vida, além do acompanhamento clínico.